Emoções do dia 18\10\2014 em Porto Alegre
Em uma oportunidade de profunda experiência onde olho com espanto tudo que me cerca, concluo ou vejo o quanto o entorno tem um poder sobre o que somos e o que podemos ser, bem como o que terminamos sendo.
A vida nos shoppings, a estrutura das construções, o mundo virtual tão real para os jovens, tudo o que vemos nas cidades grandes mostra-se de modo forte, natural, espontâneo, ainda que pareça aos olhos não acostumados, como antinatural .
Aqui se misturam os mundos dos que andam nas ruas, dos que podem comprar e olhando para este mundo já criado, formado em pouco tempo pelo próprio ser humano, continuam assim andando os que aí vivem. dentro dele.Com suas fantasias, com sua linguagem própria. Fantasias reais que eu vi chamadas de clothesplays porque de cada dez palavras quase as mesmas dez são faladas em Inglês. E andamos por lojas que vendem os games e não há nada de estranho nisto porque aos olhos dos estranhos a este mundo de animes , games e shoppings pode parecer estranho, mas é natural para quem está dentro dele.
Assim é como se eu tivesse viajado a tempos e lugares em um só tempo ..
Existem mundos dentro do mundo. E ali eu via e vejo o quanto sou ínfima. Muito melhor descreve Terezinha sua viagem a Roma. E o quanto ela pode ter sentido diante das grandezas e diversificações , além do poder divino em tudo, teria sido também nossa absoluta pequenez diante das realidades, das obras, das transformações da sociedade e de tudo que nos cerca.
Nos dias atuais temos shoppings enormes, gente fantasiada de seus heróis de histórias inventadas, sonhos tornados reais, virtual ao vivo. E quem está certo ou errado? Não sei. Todos nós , apenas seres em transição , sofremos influências e alguns tem pouco contato com a natureza, com o comum da vida de quem nada conhece da vida dos que trabalham , se esforçam por sustento. Aqui no shopping temos praças bem cuidadas, ônibus para andar, livros e gibis, games, escadas rolantes, cinema, comida, amizades. é um mundo perfeito, novo, limpo, arejado, iluminado, perfumado, enfeitado, sem pó, sem terra, sem dor.
E no campo? E na fábrica? E na escola? E na casa? E nas igrejas? E nas ruas? E nas estradas?
Em tudo há diversidade . Eu estava como que na janela de um trem olhando tudo isto e confiando no condutor.. Continuo confiando porque vi que nada sou diante de tudo o que é. E só consigo dizer que tudo está aí do jeito que é e nada sou sendo apenas eu.
Isto tudo pensei , muito mais ainda , quando fomos com os netos ao Anime Extreme e depois a um shopping.Ficamos até a noite do dia 19\10\2014 onde comemoramos com um pastel, convite do Gabo, e com um bolo de chocolate meu , aniversário enquanto esperávamos a chegada da filha e do genro que voltavam de um congresso .
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