terça-feira, 9 de agosto de 2016
Lendo, pensando, observando, sofrendo os tempos e esperas da vida em tudo não conseguindo forças nem fé para me sentir feliz, Muitos pensares, muitas angústias e medos dentro de mim me fechavam as portas de viver em paz, com confiança e alegria. Isto foi por um tempo, um tempo pequeno, mas profundo.
Como esquecer os traumas já passados¿ Como confiar na vida se por tantas vezes sofri com suas surpresas de dores , mortes e desilusões¿ Como ter coragem se logo iriam me achatar em críticas e derrotas ¿ Como confiar num mundo onde uns sofrem tanto e outros desgastam o que tem em porcarias¿ Como crer nas pessoas se elas mesmas podem errar, enganar e até mentir para si mesmas¿ Onde está aquele mundo no qual eu acreditava¿ No qual eu pensava que haveria amor, harmonia, justiça, amizade, carinho, partilha, doação¿
Onde está meu mundo ¿ Onde estou¿¿¿¿¿¿Por uma das muitas coincidências o ponto de interrogação só sai virado e eu não consigo saber como se desvira.
Entretanto tão triste como estava e tão temerosa ,mesmo assim. liguei para uma amiga para saber de sua saúde(na verdade eu estava assustada e queria ouvir sua voz sempre alegre) . Conversamos um bom tempo e nada falei de meus temores até poder falar um pouco de uma de minhas aflições, o que a fez concluir que o que eu sentia era fruto de um trauma de infância. Sorri meio desapontada , pela análise que me pareceu simplória, precipitada. Acabei concordando que certos medos... enfim... são apenas traumas.
Não quis me aprofundar sobre o termo porque soou naquela hora, como uma palavra mágica , como se fosse possível evitar a dor por saber seu nome, o que me pareceu absurdo , pois eu não queria uma definição eu queria a supressão. Trauma e ponto. Entretanto isto me fez bem, pois me senti animada para enfrentar meus “traumas” . Ah! como eu queria ver as coisas com esta simplicidade!! Incomodou um pouco pensar que todas as minhas elucubrações não resolviam em nada o que eu sentia, mas que uma conversinha comum tinha deixado um espaço de conforto dentro de mim.
Agora relendo o que escrevi vejo que me disfarcei para não dizer a verdade que pode ferir , porque o choro de mãe angustiada não sumiu, o medo de perder meus filhos para um mundo cruel teima em ficar comigo, o medo do desprezo, da morte, do engano , tudo continua ali. E eu que penso ter fé verifico que tenho mesmo, porque não desisto de continuar tentando, de continuar procurando, porque sei que existem as coisas que creio e foram presentes em minha vida . Eu sei que existem , que estão aqui. Vou lembrar de novo da simplicidade de uma amiga e vou ter que sorrir novament,e porque no meio de tanta complexidade deve haver lugar onde se sorria sem estar sendo filmado, onde se possa ser, onde se possa viver com bondade e amor, porque afinal é a escolha é grátis : crer ou não crer ,eis a questão
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