terça-feira, 9 de agosto de 2016

Quando uma criança começa a ficar diferente , tendo atitudes que não tem perto de seus pais, o que posso pensar? Além de pensar que ela pode estar extravasando o que não pode perto deles, penso que devo falar com os os pais e que eles devem buscar mais entendimento sobre o que está acontecendo. Afinal nunca se sabe o que é dado pela educação e o que vem dos apelos de todo o lado. Será que é hora de ajustar alguma coisa?  A maneira como vivemos hoje em dia mais nos afastam dos filhos do que nós percebemos. A forma como falamos. O que vimos na Tv, tudo já se sabe teoricamente como fazer, mas na prática é bem difícil. Tem o acordar, atender as necessidades de cada filho, atender as lides da casa, atender a algum mínimo cuidado consigo, atender ao marido que também quer um pouco de atenção e sobretudo atender ao relógio que não nos deixa atender nada direito. Então onde fica o espaço para conversar sobre nossas convicções, sobre o que cada um está fazendo ou lendo, ainda mais quando divergem as idades? Para quem acredita em um Deus de amor puro, onde fica o jeito de confirmar esta crença?  Em uma corrida sempre mais forte para chegar ao fim do dia cansado e batido, resmungando do cansaço ou na constante compra de coisas que não usamos e que nos angustiam. Onde está o equilíbrio?  Como fazer para que nossos filhos nos entendam e nós os entendamos?  Um deles precisa de mais atenção, outro de mais limites e não somos mágicos. Como fazer para que saibam que o que cremos tem valor, que não são palavras. Como fazer para que acreditem em si mesmos , para que não se iludam com falsos valores, com a menina liberal , ou a mais avançada da turma, enfim para que saibam cuidar de si, de seus modos no mundo, de sua presença no mundo? Como podemos fazer com que sintam que vale a pena ser católico, embora muita gente ache careta, e acusem a igreja de coisas que ela não merece? Como podemos tratar da espiritualidade de uma criança que quer ser grande ,mas ainda tem medo e insegurança que se traduz em atitudes de inconformismo com as regras estabelecidas por seus pais antes que possam se manifestar como rebeldia maior. Sei que muitos proíbem , outros conversam, explicam, contam fatos, se interessam pelo que está acontecendo, enquanto outros proíbem sem se aprofundar na realidade da criança. Não sei a que ponto marca em uma criança as muitas contradições dos adultos. Não sei onde se refugia um ser que sofre, não sei onde me refugiei em pequena, nem onde meus filhos se refugiaram em sua fragilidades. Sei que foram salvos por misericórdia e iniciativa de Deus. Na correria não temos sabedoria para conversar melhor com nossos filhos parece que estamos dando tudo, todo o nosso melhor e nos esforçamos muito para isto, mas não tem um jeito simples de dar amor , de estar presente, de ter família sem tanto desgaste ? Será que falta abraço, carinho, aperto de mão , sentar ao lado, ouvir mais, ficar quieto, cultivar mais plantas? Ou não falta nada?  Quem sabe apenas um pouco de oração em família. Sinceramente não sei, mas vou fazer o que posso: orar

Nenhum comentário:

Postar um comentário